segunda-feira, 8 de março de 2010

E AGORA!


E agora!
Já não tenho casa,
Já não tenho Fátima,
Só há criticas
Que me engolem,
As mentiras
Foram contadas,
O acerto
Foi errado,
E eu não existo
Mais em mim.
E agora!
Pensam que sou louco,
Pensam que estou morto.
Vigiam minha janela
E tudo mais que
Por ela passa...
Não importa se no
Véu da noite,
Ou se no escuro da moita,
Olhos criminosos queimam
Línguas, serpentes,
Víboras e Bípedes rastejantes,
Incrédulos sem amor.
E agora!
Que nada mais funciona
Que nada mais me consola
Que o desrespeito me isola...
O que faço em meu exílio?
Sem eixo, me queixo sem resposta...
E agora!

Malcy Negreiros

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